O guitarrista Timo Tolkki publicou uma mensagem no Facebook abordando a recente informação de que estaria correndo risco de ser preso na Finlândia. De acordo com os sites Seiska e Helsingin Sanomat (via Blabbermouth), o ex-guitarrista e líder do Stratovarius foi condenado no Tribunal Distrital de Helsinque a 45 dias de detenção em regime fechado por fraude e falsificação. A sentença é relativa ao músico ter solicitado injustamente um apoio ao rendimento no valor de mais de € 3 mil (aproximadamente US$ 3,2 mil ou R$ 15,7 mil) em 2020.
Para tal, Tolkki teria escondido rendimentos e fundos na sua conta bancária da Kela, a Instituição de Seguro Social da Finlândia. Segundo os veículos de comunicação, a condenação por fraude se baseou no fato de o instrumentista ter falsificado seus extratos bancários visando obter benefícios. Entre outras coisas, a Justiça aponta que ele apagou transações e alterou saldos para ocultar sua verdadeira renda.
Diz a nota publicada pelo músico:
“Ao longo do dia tenho lido notícias sobre um processo judicial que tenho tido com a KELA, uma instituição finlandesa. Foi muito triste ver o quão ansiosas todas essas revistas aqui na Finlândia e até mesmo no Blabbermouth divulgaram isso como ‘notícia’. Nenhuma dessas revistas escreveu sobre meu álbum anterior ‘Renaissance Acoustica’. Normalmente não comento essas coisas em público, mas isso foi iniciado pelo tabloide finlandês Seiska, cujo único interesse é publicar artigos sobre fofocas, coisas de paparazzi e outras bobagens, ganhar dinheiro com a desgraça das pessoas. É verdade que existe um processo judicial, mas não recebi qualquer informação sobre qualquer sentença. Respondi às reivindicações deste caso e, como qualquer cidadão legal, obedecerei às leis da Finlândia. Eu respeito este país. Mas com base no que li, a sentença não é final. Naturalmente apelarei quando finalmente conseguir os papéis. E é possível processar as revistas que divulgam a informação antes que esta seja juridicamente vinculativa. Não sei se é contra a lei finlandesa publicar informações antes da sentença ser definitiva, mas vou descobrir um dia destes. As coisas nem sempre são preto no branco. E se a sentença final se basear na lei finlandesa, aceitarei isso e também as consequências. Estou completamente farto de todos os boatos e fofocas e também do Facebook, que considero uma mídia antissocial. É falso, sem interação e comunicação humana real. Já pensei até em voltar para aquele celular Nokia antigo sem Internet. Gosto de momentos tranquilos com meus entes queridos. Passo muito tempo na natureza. Para mim é aí que existe a vida real. Tenham um bom dia, Timo”
De acordo com informações da imprensa, Tolkki não compareceu ao tribunal. Em carta, argumentou que estava passando por um “mau momento” quando os crimes foram cometidos. Também usou seu diagnóstico de transtorno bipolar na apelação, porém, não obteve o resultado esperado. Ainda cabe recurso à sentença.
Em abril de 2023, Timo Tolkki abriu um financiamento coletivo para um álbum de releituras acústicas do Revolution Renaissance, sua banda pós-Stratovarius. A arrecadação foi de pouco menos de R$ 4,5 mil, o que o levou a fazer um desabafo frustrado nas redes sociais, anunciando que não gravaria mais músicas.
Como já havia acontecido antes, o guitarrista voltou atrás pouco tempo depois, anunciando o Timo Tolkki’s Strato, uma reunião dele com o baterista Tuomo Lassila e o tecladista Antti Ikonen — músicos que tocaram nos quatro primeiros álbuns do Stratovarius. O baixista John Vihervä passou a integrar a banda pouco tempo depois.
Sobre Timo Tolkki
Nascido em Klaukkala, Finlândia, Timo Tapio Tolkki começou a tocar guitarra com 7 anos. Aos 12 passou pelo evento que marcou a vida em todos os aspectos, se refletindo em sua obra artística: o suicídio do pai.
Entrou no Stratovarius em 1985, assumindo a linha de frente criativa. Inicialmente acumulava as funções de guitarrista e vocalista, ficando só com a primeira posteriormente. Saiu em 2008.
Além de álbuns solo, lançou discos com os projetos Revolution Renaissance, Symfonia, Avalon e Chaos Magic. Também participou de álbuns do Avantasia, Allen/Lande, Edguy, Thunderstone, Infinity e Ring of Fire.
Diagnosticado com transtorno bipolar em 2004, após um colapso nervoso, Tolkki passa por períodos fora do meio musical, já tendo interrompido vários projetos devido à instabilidade emocional que enfrenta.
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