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Quem viu o anúncio da reunião do Oasis nesta terça-feira (27) deve ter logo pensado em outras bandas que estão “devendo” um reencontro. Uma delas, claro, é o The Smiths – o grupo se separou em 1987 e, desde então, é uma das bandas mais tretadas do planeta, especialmente por conta do vocalista Morrissey e do guitarrista Johnny Marr, os dois cabeças da banda.
Mas se a reunião do Oasis parecia impossível há tanto tempo, pode ter certeza que a do The Smiths é mais difícil ainda. Isso é devido a uma série de fatores, mas eles nem sequer precisariam ser explicados: o próprio Marr usou a oportunidade para confirmar, de forma quase sarcástica, que não tem planos de reatar o relacionamento com o ex-vocalista no futuro próximo.
Em resposta a um fã que publicou uma mensagem dizendo que “se o Oasis consegue, os Smiths também conseguem”, Johnny postou uma foto do político britânico Nigel Farage (veja ao final da matéria), o que já passou o recado para muita gente. Não entendeu? Calma que a gente te explica…
Por que o The Smiths não deve se reunir?
Pra começo de conversa, é importante destacar que qualquer possibilidade de reunião propriamente dita dos Smiths já caiu por água abaixo com o falecimento do icônico baixista Andy Rourke, em 2023.
Mesmo que houvesse uma chance de uma reunião entre Morrissey, Marr e o baterista Mike Joyce, a principal questão que parece separá-los, para além de quaisquer desavenças pessoais, é a política. Como indicado pela publicação de Johnny, seu posicionamento está bem distinto do de Morrissey, que apoiou publicamente uma candidatura de Farage para se tornar o primeiro ministro britânico há cerca de uma década.
Farage, ligado à direita britânica, foi um dos principais representantes do movimento do Brexit e se tornou uma figura no mínimo polarizadora. Pelo visto, como também já deixou claro em outros momentos, Johnny Marr passa longe de concordar com as visões do ex-colega de banda, que é acusado de extremismo há algum tempo.
O jeito é ouvir as músicas gravadas – afinal, segundo o próprio Morrissey, os Smiths “nunca terão fim” graças à contribuição imensurável da banda.
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