Foto: Daniel Sasso
A apresentação de Glenn Hughes em Porto Alegre foi uma celebração incrível dos 50 anos do antológico álbum "Burn", lançado originalmente no ano de 1974 e que marcou um período de transição na formação da banda, com a entrada de Glenn Hughes substituindo Roger Glover no baixo e de David Coverdale substituindo Ian Gillan nos vocais.
Mesmo enfrentando uma gripe forte, o baixista e vocalista subiu ao palco do Bar Opinião e entregou-se de corpo e alma para proporcionar aos fãs o melhor espetáculo possível dentro das suas condições de saúde; sua dedicação e respeito pelo público foram evidentes desde o início e mesmo não sendo o melhor show dele que já assisti, devemos reverenciar sua atitude.
Apesar das adversidades de saúde, Hughes não poupou esforços para dar o seu melhor em cada música, sua voz única e a maestria ao tocar o baixo foram testemunhos de sua longa carreira e expertise musical, e toda essa experiência se refletiu em cima do palco em duas horas de show de imensa entrega ao público, coversando, brincando com a plateia e distribuindo palhetas para os felizardos que estavam colados na grade.
Quero também reverenciar a atitude da plateia que, ciente da condição do artista, demonstrou todo respeito, compreensão e apreciação pela entrega e paixão que Hughes dedicou ao show, cantando junto com ele nos momentos mais complicados em que ele não tinha como forçar excessivamente a sua voz; a empatia neste momento era mútua e foi lindo de ver.
O repertório, "Burn", na integra, e com o cara que gravou o clássico e fez história junto com uma das maiores bandas do rock mundial; verdadeiros clássicos atemporais que ecoaram pelos corações dos fãs presentes, a galera mais “experiente” (como eu, rssss!!!! ), cantou em uníssono clássicos como a o blues forte e arrastado de "Mistreated" e a cheia de groove "You Fool No One", e é claro a música tema fechou a noite com a música tema “Burn”, cantada a plenos pulmões por toda a galera presente e que, combinados com a energia contagiante de Hughes, criou uma atmosfera envolvente e nostálgica.
Além da performance musical, a atitude resiliente de Glenn Hughes merece destaque. Sua determinação em superar as dificuldades físicas e proporcionar uma experiência inesquecível é digna de admiração. Fica evidente que, para Hughes, a conexão com o público é uma prioridade, e ele fez questão de honrar esse compromisso, mesmo nas circunstâncias mais desafiadoras.
A apresentação de Glenn Hughes em Porto Alegre foi mais do que um concerto; foi uma celebração de sua carreira, um tributo ao álbum "Burn" e um exemplo notável de resiliência e devoção à música e aos fãs.
Que ele se recupere logo e volte com força total aos palcos!
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