O Angra está preparando o lançamento de seu próximo álbum, intitulado “Cycles of Pain”, produzido pelo americano Dennis Ward, que também já produziu trabalhos anteriores do grupo. A capa deste trabalho foi revelada em 04/07 através das redes sociais e os fãs poderão matar um pouco de sua curiosidade. Projetada por Erick Pasqua, traz uma reflexão sobre a complexidade da dor humana.
Juntamente com estas novidades vem o anúncio de um vindouro show no dia 03 de novembro no Tokio Marine Hall, em São Paulo, onde o grupo irá revisitar seus sucessos de mais de 30 anos, e também executar várias músicas deste novo álbum.
Sobre o petardo, o baixista Felipe Andreoli comenta: “Cycles of Pain” traz diversas perspectivas sobre a dor humana e os ciclos que a envolvem. Ele nos lembra que, embora a dor seja inevitável, também é parte integrante do crescimento e do aprendizado.
Ao reconhecer e enfrentar esses ciclos, podemos descobrir nossa força interior e encontrar um caminho para a cura e a transformação. O álbum nos leva a contemplar nossa própria jornada de dor e a abraçar a esperança de que, apesar dos ciclos aparentemente intermináveis, sempre há uma luz no fim do túnel. É um convite à reflexão sobre as complexidades da dor humana, abordando temas como perda, desilusão, solidão e desespero, mas também levando uma mensagem de resiliência, superação e esperança.
A capa apresenta uma representação visual cativante que intensifica o significado por trás do título. A combinação de elementos – um anjo da morte com asas brilhantes e desgastadas adornadas com símbolos religiosos e pagãos, uma floresta escura com fogo e chuva, a prevalência de elementos brasileiros – transmite uma narrativa mais profunda em relação ao tema do álbum e sua interpretação musical. Ela transmite a ideia de que a dor é uma experiência recorrente e transformadora, abrangendo aspectos espirituais e terrenos e nos encorajando a mergulhar nas profundezas de nossa própria dor, explorar suas várias dimensões e encontrar força e cura na jornada desses ciclos”, afirma.
Já o guitarrista e fundador da banda, Rafael Bittencourt analisa: “Esse é um registro muito especial para nós por várias razões: primeiramente, muito se passou desde nosso último lançamento, em 2018. Nos últimos 5 anos vivemos muitas dores (pessoais e coletivas), juntamente com desafios, frustrações, glórias e sucesso, numa montanha russa de emoções que viraram um caldeirão gigante de assuntos e inspirações.
No ano de 2019 faleceu meu pai e, poucos meses após faleceu também o Andre Matos, que foi um impacto em minha vida. Conheço as dificuldades dos meus companheiros de banda também. A pandemia deixou marcas em todos nós estivemos isolados, angustiados, lidando diariamente com a sombra da doença e da morte. Hoje parece até surreal lembrar tudo que passamos, mas não há como negar que foi um divisor de águas em nossas vidas. Portanto, esse é um álbum denso, de vivências e dores acumuladas.
É também o terceiro álbum, da terceira geração da banda, que consolida uma formação que começou há 10 anos com a vinda de Fabio Lione e Bruno Valverde para a banda e que, há oito anos, conta também com Marcelo Barbosa na guitarra.
Individualmente, estamos todos em plena forma e no auge de nossas carreiras. O Fábio nunca cantou tão bem em um álbum do Angra, Bruno Valverde é requisitado por artistas internacionais e aclamado como um dos melhores bateristas da atualidade, Marcelo Barbosa se provou um dos maiores representantes da guitarra brasileira no mundo, eu trago a energia de ter começado esse projeto há mais de 30 anos e tenho um canal de música (Amplifica) que é um sucesso, já o Felipe Andreoli se consolidou como um grande compositor e baixista com seu álbum solo “Resonance”, aclamado internacionalmente como uma obra prima da música instrumental. Aliás, neste novo registro do Angra, Felipe se destacou como um dos principais compositores e, inclusive, gravou algumas guitarras rítmicas do álbum.
Há uma enorme admiração entre todos, aprendemos muito uns com os outros. Estamos entrosados, motivados e ansiosos para compartilhar nossa força conjunta com as pessoas.
Apesar de estarmos em um grande momento, o álbum se inspira em todas as dores vividas para trazer reflexões em diferentes ângulos sobre as mesmas: o que nos machuca, como ela chega, a cura, o trauma, as cicatrizes. Evitamos e nos deparamos com a dor constantemente desde o nascimento, em um ciclo interminável; a queremos longe, mas é ela que nos molda e nos amadurece durante a vida. E no meio de um tema tão profundo, queremos levar esperança e fortalecimento para as pessoas que estão sofrendo neste momento. Acredito que este álbum fará a diferença na vida de muita gente e estabelecerá um novo padrão dentro do nosso estilo”, conta.
“”Cycles of Pain” ainda nem foi lançado mas sabemos que se trata de um retrato de um momento muito único e especial não só para nós da banda como para a humanidade como um todo. Tendo como pano de fundo os sentimentos, sensações e medos que vivemos em dois anos de isolamento social e suas consequências o álbum traz todas as características que conduziram o Angra como uma banda de sucesso por todos essas três décadas sem deixar de ser inovador e moderno.
A capa mostra um anjo, tão tradicional no universo Angra, mas com uma atmosfera sombria. Além disso é possível ver elementos que remetem a cada um dos discos da carreira da banda. Estamos ansiosos para que todos possam ouvir as faixas que gravamos com tanto carinho!”, reflete o guitarrista Marcelo Barbosa.
Segundo Fabio Lione, vocalista do grupo, “Cycles of Pain” é um álbum incrível: “Conta com uma capa muito bonita onde podemos ver muitos detalhes que nos remetem a pequenos detalhes dos álbuns anteriores. As cores da capa são muito vivas e fascinantes e escrevemos músicas que em minha opinião são lindíssimas. É um álbum bem variado que engloba a essência e a sonoridade da banda com novos elementos e sons misturados com os antigos e uma super produção!”, finaliza.
O baterista Bruno Valverde também dá seu parecer: “O título do álbum traz um conceito relacionado à momentos recentes que vivemos onde a dor, a perda e o recomeço se conectaram de uma forma extremamente acelerada em nossas vidas. Teremos músicas que posso garantir ser o que chamamos de “experiência”. Não posso esperar pra mostrar esse registro para os fãs”, diz ele.
O novo trabalho do quinteto apresentará 12 faixas e você pode acompanhar as novidades através das redes oficiais da banda e da Top Link Music.
Foto: Marcos Hermes
Fonte: Top Link Music – Isabele Miranda
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