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Foto do escritorLuan Radney

Ícone da bossa nova, Astrud Gilberto morre aos 83 anos

Uma das grandes vozes da música brasileira, ganhou destaque pela versão em inglês do clássico “Garota de Ipanema”



Morreu na noite da última segunda-feira (5) a cantora Astrud Gilberto, um dos nomes mais importantes da bossa nova. Ela tinha 83 anos e estava aposentada dos palcos desde 2002, quando anunciou uma “uma folga por tempo indeterminado” — que acabou sendo definitiva. A causa ainda não foi divulgada pela família.



A informação chegou pelas redes sociais de Sofia Gilberto, neta da cantora. Em um texto emocionado, ela pediu para que os fãs celebrem a obra da avó, que fez história na Bossa Nova tanto em carreira solo, como nos primeiros anos, ao lado do então marido, o também cantor João Gilberto, falecido em 2019.


“Minha vovó Astrud Gilberto fez essa música pra mim, se chama ‘Linda Sofia’. Inclusive, ela queria que meu nome fosse Linda Sofia. A vida é linda, como diz a música, mas venho trazer a triste notícia que minha avó virou estrela hoje e está ao lado do meu avô João Gilberto. Astrud foi a verdadeira garota que levou a bossa nova de Ipanema para o mundo. Foi a pioneira e a melhor.”

Sobre Astrud Gilberto


Astrud Gilberto nasceu em Salvador, filha de mãe brasileira e pai alemão, mas logo a família se mudou para o Rio de Janeiro. Era tímida na juventude, embora gostasse de cantar.





Foi incentivada pela amiga Nara Leão e pelo futuro namorado e marido, João Gilberto, a entrar no mundo artístico. Os dois se casaram em 1959 e logo se mudaram para os Estados Unidos.


Lá, Astrud gravou o disco “Getz/Gilberto” (1963), trabalho em parceria com o saxofonista Stan Getz que traz ainda arranjos de Tom Jobim. Foi o seu primeiro registro profissional. O álbum apresentou ao mundo a versão em inglês do clássico “Garota de Ipanema” (“The Girl from Ipanema”), que rendeu aos envolvidos um Grammy de Gravação do Ano em 1965 (superando nomes como Beatles e Louis Armstrong) e inspirou versões de nomes indo de Frank Sinatra a Madonna.



Em 1964, a artista se separou de João Gilberto e continuou a viver na Filadélfia, de onde se lançou em carreira solo. Lançou vários álbuns até o início da década de 1970, quando reduziu o ritmo de sua carreira, mas produziu de forma pontual até o começo do século 21.







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